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Os Jogos Olímpicos de 2024, realizados na França, revelaram dinâmicas geopolíticas interessantes através da distribuição das medalhas. Comparando os resultados com os de 2020, vemos não apenas o desempenho atlético, mas também a influência das circunstâncias globais.
Em 2020, os Estados Unidos lideraram o quadro de medalhas com 113, seguidos pela China com 89. O Brasil, com 21 medalhas, ocupou a 22ª colocação. A Rússia, com 335 atletas, conseguiu a quinta posição, enquanto Cuba, outrora uma potência olímpica, obteve 15 medalhas, e a Ucrânia, 19.
Agora, em 2024, o cenário mudou significativamente. A ausência da Rússia em 2024, que em 2020 ficou em quinto lugar com 72 medalhas, impactou a competição, superando a Grã-Bretanha que conquistou somente 64 medalhas, com 22 Ouro, por isso a quarta melhor.
Mesmo sem a presença russa, o Brasil não conseguiu melhorar seu desempenho, conquistando apenas 20 medalhas nesta última disputa na França. A Ucrânia, surpreendentemente, apesar de enfrentar uma guerra brutal, ainda se destacou com 15 medalhas, um feito notável em meio a tantas adversidades.
Por outro lado, os Estados Unidos superaram sua marca anterior, alcançando 126 medalhas, reafirmando sua supremacia no esporte global. A China também aumentou seu desempenho, conquistando 91 medalhas, enquanto o Japão, anfitrião dos Jogos de 2020, obteve 58 medalhas à epoca, mostrando sua consistência entre as principais nações olímpicas, entretanto, menor desempenho no mais recente, 2024.
Esses resultados não só refletem o investimento contínuo em esportes por parte das grandes potências, mas também a resiliência de nações como a Ucrânia, que mesmo em tempos de guerra, conseguiram manter sua presença significativa nos Jogos Olímpicos. O quadro de medalhas de 2024, portanto, é um retrato das forças geopolíticas globais, onde o esporte, mais uma vez, se tornou um campo de expressão e resistência.Analisando
Para o Brasil alcançar um desempenho olímpico à altura de seu potencial, algumas áreas críticas precisam ser fortalecidas:
Continuidade nas Políticas Públicas: É importante que as políticas públicas de incentivo ao esporte tenham continuidade, independentemente das mudanças de governo, para que os programas de desenvolvimento não sejam interrompidos.
Investimento em Esporte de Base: A formação de atletas começa nas escolas e comunidades. O Brasil precisa ampliar o acesso ao esporte para crianças e adolescentes, criando uma base sólida de talentos que possam ser desenvolvidos ao longo dos anos.
Infraestrutura Esportiva: Muitos atletas brasileiros, exceção eixo RJ/SP, enfrentam dificuldades devido à falta de infraestrutura adequada para treinar e competir. É essencial investir em instalações esportivas modernas e acessíveis em todo o país, especialmente em regiões menos desenvolvidas.
Apoio Continuado aos Atletas: Muitos atletas brasileiros enfrentam desafios financeiros, o que afeta seu desempenho. Programas de patrocínio, bolsas de estudo e apoio governamental devem ser reforçados para garantir que os atletas possam se dedicar integralmente ao esporte sem preocupações financeiras.
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Treinamento de Alto Nível: A contratação de treinadores experientes e a utilização de tecnologias avançadas para o treinamento são fundamentais para que os atletas possam competir em igualdade de condições com as potências mundiais.
Gestão Esportiva Eficiente: Melhorar a gestão esportiva no Brasil, com maior transparência, menos burocracia e uma abordagem focada em resultados, é essencial. As federações e confederações esportivas precisam trabalhar de forma mais coordenada e eficiente.
Cultura Esportiva: Promover uma cultura esportiva mais forte no país, onde o esporte seja valorizado e incentivado em todos os níveis da sociedade, ajudará a criar um ambiente propício para o desenvolvimento de atletas e o crescimento do esporte no Brasil.
ROGÉRIO MORAIS
PRODUTOR E DIVULGAÇÃO DE CONTEÚDO