Cem estudantes da Escola Jenipapo-Kanindé trocaram a sala de aula por um dia inesquecível no Beach Park. Ideia é promover bem-estar, inclusão social e diversidade cultural
Nesta terça-feira (03), 100 (cem) estudantes indígenas da Escola Jenipapo-Kanindé trocaram a sala de aula pela piscina, os livros pelo toboágua, os cadernos pela diversão e as canetas e lápis pela inclusão; isso porque a Prefeitura de Aquiraz, por meio da Coordenadoria de Assuntos Indígenas, promoveu, para esses alunos, um dia inesquecível no Beach Park, o maior e mais irado parque aquático da América Latina e que fica localizado bem aqui, no nosso município.
A ideia, de acordo com Glaubiana Alves, titular da Coordenadoria de Assuntos Indígenas, é levar o aprendizado para além das paredes da escola. Para ela, esta ação é uma forma de inclusão social e uma excelente oportunidade de troca de experiências culturais entre crianças indígenas e sociedade. São memórias que, segundo Glaubiana, vão fazer parte da vida dessas crianças para sempre.“A presença das crianças indígenas no parque promove a valorização da diversidade cultural e a inclusão social. Esses momentos de lazer e diversão são essenciais para o bem-estar das crianças indígenas. Também é trabalhado o desenvolvimento dessas crianças, proporcionando experiências enriquecedoras, fora do ambiente escolar, daquele ambiente tradicional. Então eles vêm para conviver com outra realidade, além disso, também reforça a ideia de que todas as culturas devem ter acesso aos mesmos direitos, as mesmas oportunidades de lazer, fortalecendo a autoestima dessas crianças e o respeito às diferenças. A gente percebe também que essas vivências possibilitam que as crianças [não indígenas] conheçam um pouco mais sobre as culturas indígenas: elas acabam vendo as crianças entrarem no parque trajadas […] conhecendo a cultura indígena e quebrando um pouco desse preconceito que ainda existe da sociedade com os indígenas. Tudo isso incentiva a convivência harmoniosa entre as crianças nesse espaço e estimula a socialização. Muitas dessas crianças que estão aqui hoje nunca vieram ao Beach Park e tiveram essa oportunidade de estar nesse espaço, nesse momento de construção de memória afetivas importantes.”
Este é o caso da estudante indígena do 9º ano da Escola Jenipapo- Kanindé, Michely Soares Ferreira. A jovem, de apenas 14 anos, conta, com euforia, que conhecer o parque é a realização de um sonho. “É a minha primeira vez no Beach Park. Eu estou gostando muito, estou muito feliz. Obrigada a todos que me deram esta oportunidade.” Fala a jovem às pressas, ao passo que desaparece, em segundos, entre uma legião de crianças empolgadas diante de uma variedade de atrações, toboáguas radicais, piscinas refrescantes, áreas de lazer e muitas outras atividades divertidas.
Além de promover a troca de cultura entre sociedade e indígenas, Glaubiana também destaca a importância da inclusão social para crianças indígenas atípicas. “A gente também tem aqui [entre as crianças indígenas] algumas crianças com déficit de aprendizagem, com Transtorno do Espectro Autista… Então esse é um exemplo concreto de inclusão, de respeito às adversidades e da promoção dos direitos da infância. Essas crianças estão tendo acesso a esses espaços, estão sendo incluídas na sociedade, estão sendo inseridas nesse processo e isso também é muito importante.”
Por Nayane Janja
